FacebookTwitterGoogle+Linkedin
Biscoito da Sorte
Aceita um biscoito da sorte? É só clicar e descobrir a surpresa que tem dentro dele pra você!
X
E o mérito não é só do sobrinho transviado, é do cunhado viado do seu Ayrton também. Um importante elo da economia que prostitui o seu corpinho masculino nos semáforos da rua Rego Freitas e tem o poder de transferir renda do bolso de grandes advogados, que apreciam o universo do prazer transex, pras contas bancárias das lojas de grife homossexual. Viado e transviado estão contribuindo economicamente a todo vapor.

Esta minha masturbação mental fez-me esquecer os dois oragos do povo, que não mais proseiam elegantemente e bebericam seus cafezinhos na longeva padoca. As cortinas fecharam-se, seus lugares foram ocupados por outros paulistanos e os três trabalhadores braçais não estão mais boquiabertos e podem cuidar de seus afazeres mais familiares e úteis.
(Trecho da crônica para rádio "As duas últimas Coca-Colas do deserto")
Clicando aqui, você ouve a crônica
X
A folia daquela terça-feira não foi tão engraçada assim. As trocas de gentilezas entre o menino e Pablo acabaram por amargar os espíritos puros de ambos os anjinhos. Rancores foram guardados e culminaram num incidente de gosto duvidoso. O menino, investido em seu papel de alienígena, saltitava sobre as crateras enquanto era perseguido pelos oito astronautas. Enraivecido, Pablo tomou a dianteira e agarrou o extraterrestre pelo calcanhar.

Desprovido de seus pés para tocar o solo, o menino teve de usar a cavidade bucal para aterrissar no chão duro. Um pedaço de cano enferrujado, que para os imaculados meninos era um revólver de raio laser, quando nas mãos do miúdo garoto, foi útil para retaliar o tombo, ao unir-se à testa indígena de maneira rápida e ruidosa, devido ao intenso deslocamento de ar. Colapsado, Pablo foi recolhido na unidade de pronto atendimento do liceu e, meia hora depois, retirado de ambulância. E só retornou à sala de aula no semestre subsequente.Clicando aqui, você lê o conto completo
X
Não tardou a identificar o ritmo alegre da Csárdás. Cerca de duas centenas de passos foram o bastante para ter a convicção de que o instrumento reproduzia o andamento sonoro do bailado folclórico de seu país. Desde o início de seu namoro com Boglárka, adaptara-se com a cultura tradicional. A moça era uma exímia bailarina.

As práticas advindas da predileção dele pela religiosidade oriental auxiliaram-no a harmonizar-se com o sexo oposto. No princípio da puberdade, a meditação e a busca do equilíbrio interior transformou-o num homem benevolente que logrou sucesso ao perdoar a cumplicidade de sua progenitora, amaciando o rancor que, até então, carregara. Uma barreira rompeu-se para que o jovem entregasse o seu coração para uma mulher, a despeito da fúria originada pela figura materna. A ojeriza quedou-se alojada em seu subconsciente.

A extroversão da bailarina era discrepante comparada à quietude dele. Afeita a festas, a menina dava o colorido que a mansidão dele pedia em contrapartida. O casamento já tinha data marcada. Boglárka mudar-se-ia para o seu apartamento. Ele já o havia reformado. A pintura deu o toque final do acabamento.Clicando aqui, você lê o conto completo
X
De modo ocasional, quiçá, as palavras articuladas pelos educadores domésticos não evidenciem uma congruência geometricamente exata com os procedimentos práticos reproduzidos, entretanto, o recém-concebido elemento material desta presente existência é deveras viçoso para deixar de vislumbrar doçura no que ocorre em seu entorno.

E como o caráter teatral semiafetivo desempenhado pelos parentes de grau fraterno de quem nos gerou ainda não fora plenamente esclarecido, é possível desfrutar por alguns anos da extensão de um sentimento de aconchego amoroso.

Somente ao raiar da puberdade é que algumas presumíveis queimaduras de sol não lograrão um êxito tão relevante assim em serem evitadas com o uso da peneirinha do delírio. Ao cabo da década incipiente da vida, talvez, a colheita da horta cujas sementes exclusive poderiam ser lavradas com o auxílio dos pedagogos íntimos revele um fruto de degustação insípida, ao menos se analisado sob uma conjectura otimista.Clicando aqui, você lê o texto completo
X
E agora o que me resta
É ver justiça no país meu
E numa cela fria
O Lula junto com o Zé Dirceu!


A Dilma cai, democracia vence!
PT se vai, democracia vence!
E pro PT
Um roubo a mais não faz mal.Clicando aqui, você ouve a música
X
O fim de semana seguinte veio e o cérebro dele estava prestes a explodir. Foi esfriar os ânimos dando uma volta pelas ruas convizinhas. Chegou ao Parque Nacional de Fiordland com o propósito de percorrer uma trilha. Cruzando um atalho que dava ingresso à rota Kepler Track, vislumbrou, à sombra de uma árvore Kauri Tree, quatro adolescentes que se entretinham com o que aparentava ser um baralho.

"Como será que se grita 'seis, ladrão!' neste país?" – borboleteou com os lábios repuxados de forma zombeteira, enquanto se aproximava da turma de rapazes. Alcançando a agremiação de moleques espinhudos, ouviu o mais moço e desengonçado dentre os mancebos vangloriar-se de que formara uma sequência que lhe conferia a vitória na disputa.

– Eu tenho uma pistola de enxofre defumadora de selenitas mauricinhos – carta onze! – uma cratera de impacto para emergências escatológicas – carta trinta e nove! – e um soldado bravo índio cacique Ave-kiwi-que-choca-ovo-de-pintassilgo! – carta número cinco, seu marreco! Ganhei!

Ficou paralisado. Era comum para ele ver pessoas festejando com o seu trabalho erudito, mas, desta feita, tratava-se do escárnio mais sério que ele presenciara em sua vida. O autor do brinquedo teve um insight!Clicando aqui, você lê o conto completo